quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Caminhões, trens e árvores

Thomas L. Friedman
Do The New York Times

FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, Brasil - Não importa quantas vezes você as ouça, há algumas estatísticas que simplesmente impressionam.

Se você retirasse todos os carros, caminhões, trens e navios do mundo e somasse a sua descarga de gases a cada ano. A quantidade de dióxido de carbono, ou CO2, que todos aqueles carros, caminhões, trens e navios, juntos, emitem na atmosfera é, na verdade, menor do que as emissões de carbono anuais resultantes da derrubada e remoção de florestas tropicais em lugares como o Brasil, Indonésia e o Congo. Estamos perdendo, neste momento, uma floresta tropical do tamanho do estado de Nova York a cada ano e o carbono que é lançado na atmosfera agora é responsável por aproximadamente 17% de todas as emissões globais que contribuem para a mudança climática.
Levará muito tempo até que consigamos transformar a frota de transporte do mundo de forma que se torne livre de emissões. Mas neste momento - como, por exemplo, amanhã - poderíamos eliminar 17% de todas as emissões globais se conseguíssemos interromper o corte e queima de florestas tropicais. Mas para fazer isto é necessário colocar em vigor todo um novo sistema de desenvolvimento econômico - um que seja mais lucrativo para as nações mais pobres e ricas em florestas preservarem e gerirem suas árvores ao invés de cortá-las para fabricar móveis ou plantar soja.
Sem um novo sistema de desenvolvimento econômico nos trópicos ricos em madeira, você pode dar adeus às florestas tropicais. O velho modelo de crescimento econômico as devorará. A única Amazônia que seus netos conhecerão será aquela que termina em pontocom e vende livros.

O Brasil já reservou 43% da Floresta Amazônica para conservação e para os povos indígenas. Apesar disso, outros 19% da Amazônia já foram devastados por fazendeiros e criadores de gado.
Então, a grande questão é o que acontecerá com os outros 38%. Quanto mais fizermos o sistema brasileiro trabalhar, mais daqueles 38% serão preservados e menos reduções nas emissões de carbono o mundo todo precisaria fazer. Mas é preciso dinheiro.

Vocês podem nos ajudar com isto?"
Os últimos 38% da Amazônia ainda estão disponíveis. Estão lá para que os salvemos. Seus netos agradecerão a você.

Para ver a reportagem completa, acesse:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4095154-EI12930,00-Caminhoes+trens+e+arvores.html

Thomas L. Friedman é colunista do jornal The New York Times desde 1981. Artigo distribuído pelo New York Times News Service.

precisamos nos unir e salvar o que ainda nos resta. Ainda dá tempo.
Abraço a boa leitura a todos.
Jackson

Iniciativas de liderança no país em prol do século XXI

Fabio Feldmann
De São Paulo

A semana trouxe boas notícias no Brasil sobre mudanças climáticas: o Governador José Serra sancionou a lei 13.798/ 2009 e o governo Lula afirma que irá levar "metas" para Copenhague. Como os leitores devem lembrar, naquela cidade irá se realizar a COP 15 - 15ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, com o objetivo de se definir o futuro do planeta.

No caso de São Paulo a lei é inovadora. Trouxe instrumentos importantes como a avaliação ambiental estratégica, poluidor pagador, princípio da precaução, política de transporte sustentável, dentre outros. Em outras palavras, São Paulo, com essa nova legislação, inicia um processo importante de combate ao aquecimento global, até porque estabeleceu um calendário importante de implementação para os próximos anos, inclusive com metas de redução de lançamento de gases efeito estufa até 2020.

PITADA: Já está na hora de tomarmos ações mais enérgicas no sentido de reduzir a poluição ambiental.
Um bom começo Sr. Governador, seria melhorar o transporte público, principalmente o metrô, que está uma TRISTEZA.

Para ler mais, acesse:
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4105095-EI11351,00.html

Compromisso e ação

Marina SilvaDe Brasília (DF)
A menos de 20 dias da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que ocorrerá em dezembro, na Dinamarca, o anúncio do governo brasileiro de que o país vai apresentar o compromisso voluntário de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020 aumentou a expectativa de que um acordo possa sair de Copenhague. É inquestionável a pressão positiva da proposta brasileira nas negociações internacionais, mesmo em se tratando de metas voluntárias.
Esse reconhecimento, pelo governo, de que é possível, sim, assumir metas de redução de CO2, foi um notável avanço. Mas para que haja uma verdadeira mudança de rumo, isto precisa ser sustentado em medidas que institucionalizem a proposta internamente.
É imprescindível, por exemplo, que seja apresentado pelo governo o inventário de emissões brasileiras atualizado. O último disponível refere-se ao intervalo de 1990 a 1994. Sem ele, ficará difícil para o Brasil sustentar a sua estimativa de redução e tampouco projetar cenários para 2020.
O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) precisa esclarecer para toda a sociedade a demora em publicar o relatório de emissões, uma espécie de mapa, por setores e por volume, da contribuição do país ao aquecimento global. Sem isso será difícil para o próprio governo atingir os números que apresentou. É como prescrever um tratamento sem ter um exame atestando a patologia.
Todos os países signatários da Convenção do Clima precisarão apresentar os seus inventários. Sem ele, os compromissos, tanto do Brasil como dos outros países, perdem muito em credibilidade.
Outro ponto fundamental para que o anúncio brasileiro seja efetivo a longo prazo é que ele esteja inserido na lei que estabelece a Política Nacional sobre Mudança do Clima, já aprovada na Câmara e agora em tramitação no Senado. Para isso, apresentarei essa iniciativa na forma de uma emenda parlamentar ou um projeto paralelo. Mas será necessário um esforço do governo e de todos os parlamentares para que a proposta vire lei rapidamente.
Hoje, figurando como um dos grandes emissores de gases de efeito estufa do planeta e como uma das maiores economias mundiais, o Brasil está numa situação bem diferente daquela de 1992, quando aqui se estabeleceu a Convenção sobre Mudanças Climáticas, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, a chamada Rio 92. O país ganhou outra estatura, tanto política, quanto econômica, e suas responsabilidades aumentaram bastante.
Mas já não foi por acaso a conferência de 92 ter acontecido no Brasil. Muitos anos antes, o país já começava a construir a sua política nacional de meio ambiente. E entre os avanços e os retrocessos ocorridos nas últimas décadas, estamos diante de outra janela de oportunidades, desta vez com bagagem suficiente para liderarmos os desafios que nos esperam.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4108724-EI11691,00-Compromisso+e+acao.html
Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente. Fale com Marina Silva: marina.silva08@terra.com.br

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

http://http://noticias.terra.com.br/ciencia/fotos/0,,OI111329-EI238,00-Veja+imagens+da+erosao+causada+pela+agua+em+Marte.html

Veja imagens da erosão causada pela água em Marte

Nasa: impacto de sonda confirmou existência de água na Lua

13 de novembro de 2009Foto: Nasa/Divulgação
http://http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4099866-EI238,00-Nasa+impacto+de+sonda+confirmou+existencia+de+agua+na+Lua.html
A Nasa, agência espacial americana, confirmou nesta sexta-feira a existência de água congelada em uma cratera da Lua após a análise dos dados enviados pela sonda espacial LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite, em inglês), que se chocou com o satélite terrestre no último dia 9 de outubro. Em comunicado, a agência espacial informou que a descoberta abre um novo capítulo na história que compreende a Lua.
"Estamos descobrindo os mistérios do nosso vizinho mais próximo e, por consequência, do Sistema Solar", afirmou Michael Wargo, cientista-chefe da missão, na sede da Nasa, em Washington. "A lua abriga muitos segredos e a LCROSS acrescentou um novo ingrediente para nossa compreensão", disse.
Antes da colisão, a LCROSS lançou com sucesso um foguete sobre a cratera Cabeus A, que se encontra na região do pólo sul, na face oculta da Lua. O primeiro impacto do foguete vazio provocou uma coluna de poeira que subiu sobre o alto da cratera e foi seguido minutos depois pela sonda, que recolheu informação da esteira antes de cair.
Um porta-voz da Nasa explicou nesta sexta que "provavelmente a água está congelada e misturada a outras substâncias". "A água só foi vista após o impacto, o que indica que ela não estava disponível na superfície", disse. No entanto, o porta-voz afirmou que "ainda não é possível determinar que tipo de água é essa".
Segundo ele, o foco agora é em estudar as informações obtidas para atingir novas descobertas. "Agora temos que dar um passo para trás e pensar no que mais pode haver lá. A Lua é viva", acrescentou.
Os cientistas têm investigado há tempos a origem de quantidades significativas de hidrogênio que foram detectadas nos pólos lunares. De acordo com a agência, os dados coletados pela LCROSS podem indicar ainda uma quantidade de água maior do que se suspeitava anteriormente.
Se a água realmente se formou ou permaneceu em depósitos em bilhões de anos, isto seria a chave para os especialistas entenderem a história e a evolução do Sistema Solar. Além disso, a água e outros compostos são recursos potenciais que poderiam sustentar o sonho humano de fixar uma base no solo lunar futuramente.
A sonda espacial partiu da Terra em junho passado, a bordo de um foguete Atlas V, junto à sonda LRO (Lunar Reconaissance Orbiter). Os dois artefatos integram a primeira missão do programa Constellation, que prevê a volta do homem à Lua a partir de 2020.
Veja as fotos

Redação Terra